Alforge
Carrego no meu alforge de andarilho
os gritos do mundo,
dos meninos de rua
e dos vagabundos.
Carrego o desespero
dos ratos
mais que dos gatos.
Os gritos dos perdidos
e desesperançados.
Na noite, sem lua, acordo
e vejo o brilho
das palavras sem rima,
o reflexo da lágrimas
sem lenços e sem lençóis.
Vago no trilho infinito,
e, nesse andar,
esqueço
os meus próprios gritos
e envelheço.
Carrego no meu alforge de andarilho
os gritos do mundo,
dos meninos de rua
e dos vagabundos.
Carrego o desespero
dos ratos
mais que dos gatos.
Os gritos dos perdidos
e desesperançados.
Na noite, sem lua, acordo
e vejo o brilho
das palavras sem rima,
o reflexo da lágrimas
sem lenços e sem lençóis.
Vago no trilho infinito,
e, nesse andar,
esqueço
os meus próprios gritos
e envelheço.
Jorge Lenzi
(poeta juizforano)
(poeta juizforano)